Lagarada tradicional e intergeracional em lagar vinário rupestre
Neste que foi um ensaio sensorial, prático e de participação intergeracional com partilha de memórias coletivas, e de concretização de novas experiências, foi para muitos uma oportunidade única, tal como para uma senhora lousadense, que aos seus 87 anos pisou uvas pela primeira vez.
Na semana passada, a lagareta na Mata de Grades em Vilar do Torno e Alentém foi cenário de uma atividade de arqueologia experimental, de sensibilização e consciencialização ambiental, juntando lousadenses do Movimento Sénior de Vilar do Torno e Alentém, crianças da Escola Básica de Caíde de Rei, e ainda estudantes e docentes italianos.
Na Mata de Grades, em Vilar do Torno e Alentém, encontra-se o singular lagar medieval, constituído por três compartimentos – zona de pisoagem, pio para receção do mosto, e superfície de prensagem. A estrutura rupestre, inserida na Paisagem Protegida Local do Sousa Superior, constitui presentemente um equipamento cultural a partir do qual a comunidade pode tomar conhecimento de uma milenar forma de vinificação, usualmente tipificada como de produção de vinho de bica aberta.
Neste que foi um ensaio sensorial, prático e de participação intergeracional com partilha de memórias coletivas, e de concretização de novas experiências, foi para muitos uma oportunidade única, tal como para uma senhora lousadense, que aos seus 87 anos pisou uvas pela primeira vez.
Volvidas centenas de anos, a comunidade deu uma nova vida ao Lagar dos Mouros, esperando-se que esta tenha sido a primeira de muitas iniciativas felizes e bem sucedidas neste lugar de beleza e história tão autêntica.