A Paisagem Protegida Local do Sousa Superior é composta por uma rica e diversificada matriz territorial agroflorestal de 1609 hectares.

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Calendário Agrícola

Moagem do grão – Moinho do Meio

O Moinho do Meio é o único moinho de água composto por três mós, a laborar em pleno estado de conservação no rio Sousa, no Parque Molinológico e Florestal de Pias.

O rio Sousa alimenta as mós e o rodízio do moinho, no qual se moem cereais em especial as variedades regionais do milho.
O cereal em maiores quantidades moído m o milho (branco e amarelo), mas também, não muito distante em quantidade o centeio. Em menor quantia, outros cereais, como o trigo, cevada e linhaça, grão-de-bico para engodo de pesca.
O moinho que chegou a moer 300kg de grão por dia, é ainda uma homenagem viva aos moleiros, padeiros e aos produtores de cereal da região do Tâmega e Sousa deve ser observada de perto.
Testemunho vivo da paisagem rural o maior tributo que se lhe pode fazer é a sua visita e a moer ao vivo os seus cereais.

A cultura viva desta prática ancestral, na paisagem protegida, é mantida pelo moleiro:
António Queirós

R. do Rio Sousa 214
4620-501, Pias

41.269050, -8.255245

 

Vindimas – Vinha do Enforcado

Os esforços do Município de Lousada em preservar este sistema de cultivo, permitira inventaria e caracterizar – para salvaguarda presente e futura – detalhadamente 85 quilómetros de vinha do enforcado. Averiguamos neste sistema de condução ancestral um vínculo cultural de renome, a promoção ativa da biodiversidade agrícola e uma ferramenta à promoção da economia local.
Este sistema agroflorestal conta com árvores tutoras nativas, lódãos bastardos (Celtis australis) e carvalhos-alvarinhos (Quercus robur), que, além de suportarem o cultivo de uvas permitindo a coexistência de outras explorações no campo interior à bordadura como sejam os produtos hortícolas ou a atividade pastorícia, diversificando as fontes de receita do produtor e promovendo uma maior resiliência do sistema agrícola.

No âmbito cultural, os resquícios que persistem em Lousada e nos concelhos vizinhos são um importante património natural que testemunha a paisagem característica da região Norte-Atlântica, representando uma oportunidade lúdica, pedagógica e científica para o estudo das tradições rurais adjacentes à Vinha-do-enforcado. As operações culturais a poda e vindima continuam a representar um momento cultural de impacto.

No espectro de serviços de ecossistema providenciados pela vinha-do-enforcado concentram na categoria da regulação climática e da manutenção ecológica. As árvores tutoras, sequestram em si carbono e previnem a erosão dos solos, muitas vezes ladeando linhas de água, estabilizam as margens e mitigam o efeito de cheias extremas.
De espécies particularmente resistentes à talhadia de cabeça, estas árvores sofrem agressivas podas bianuais com o objetivo de reduzir o ensombramento das vides. Esta gestão gera cavidades e deformações que formam micro habitats de grande importância para avifauna, quirópteros, répteis e invertebrados. Seja para abrigo ou descanso, este uso das árvores de suporte aliado à sua distribuição espacial permite a conexão ecológica (corredor verde) longitudinal entre áreas agrícolas e áreas florestais ou as massas de água, no caso particular o rio Sousa.

O efeito barreira destas estruturas regula o clima a uma microescala, baixando a taxa de evaporação, protegendo os cultivos do vento e geadas, e minimizando a dispersão de sementes e agentes patogénicos; este sistema tradicional apresentaum benefício agrícola, fruto do controlo de pragas agrícolas, efetuado pela fauna que alberga que este sistema alberga, entre quirópteros e avifauna.

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